Presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Leandro Grass afirmou nesta quarta-feira (18) que o restauro e reposição das obras de arte e itens danificados está sendo pago com dinheiro público, sendo que cada instituição atacada está usando recursos próprios.
Em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha, Grass destacou também que ainda não se tem estimativa do valor total que será necessário para concluir os consertos e reposições e que as instituições atacadas estão fazendo um esforço para recuperar o que for possível.
— O estrago foi muito grande. Tivemos danos tanto a bens móveis, que são obras de arte e mobiliário, quanto a bens imóveis, como edifícios, estruturas. É bom lembrar que ali temos o conjunto arquitetônico de Brasília, que é tombado pela Unesco e tudo isso tem um valor muito grande, não só material, como simbólico — afirmou.
O presidente do Iphan também comentou sobre a possibilidade de que algumas sentenças judiciais dos envolvidos nos atos de vandalismo de Brasília avancem para indenizações financeiras. Alguns já tiveram contas bloqueadas. Ele explica que isso depende de uma decisão do Judiciário, mas existe a possibilidade de ser feita essa compensação.
Grass destacou a complexidade para o restauro de algumas obras de arte danificadas, como o relógio de Dom João VI e o quadro de Di Cavalcanti. Na primeira peça, por exemplo, pelo fato de ser do século 17, vão ser necessárias técnicas "muito sofisticadas" para que ela seja restaurada, enquanto que a pintura "pode ser menos complexa", conforme o presidente do Iphan.
Grass afirma que já está sendo feito contato com instituições, até mesmo internacionais, que são especializadas nesse tipo de serviço.