A Polícia Federal (PF) cumpre 11 mandados de prisão preventiva e 27 de busca e apreensão, nesta sexta-feira (27), na terceira fase da Operação Lesa Pátria. A ofensiva visa identificar pessoas que participaram, financiaram ou fomentaram os atos antidemocráticos de 8 de janeiro, quando bolsonaristas radicais invadiram e depredaram as sedes dos três poderes, em Brasília.
Conforme informações do portal G1, até as 10h30min, cinco das ordens de prisão já haviam sido cumpridas. Entre os presos está a catarinense Maria de Fátima Mendonça Jacinto Souza, 67 anos, conhecida como "Fátima de Tubarão", flagrada em vídeos depredando prédios públicos na capital federal.
Outro alvo da ofensiva foi Léo Índio, sobrinho do ex-presidente Jair Bolsonaro — um mandado de busca e apreensão foi cumprido em endereços ligados a ele.
A ação da PF foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Os mandados são cumpridos no Distrito Federal (dois mandados de prisão e quatro de busca e apreensão) e nos seguintes Estados:
- Rio de Janeiro (um mandado de prisão e nove de busca e apreensão)
- Minas Gerais (dois mandados de prisão e quatro de busca e apreensão)
- Paraná (um mandado de prisão e um de busca e apreensão)
- Santa Catarina (um mandado de prisão e um de busca e apreensão)
- Espírito Santo (quatro mandados de prisão e oito de busca e apreensão)
Pelo Twitter, no começo da manhã, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, falou sobre a operação desta sexta-feira, afirmando que a "autoridade da lei é maior do que os extremistas".
De acordo com a PF, "os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado democrático de direito, golpe de estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido".
Investigações permanentes
A Operação Lesa Pátria passou a ser "permanente, com atualizações periódicas acerca do número de mandados judiciais expedidos, pessoas capturadas e foragidas", informou a PF.
A corporação acrescentou que abriu um canal de denúncias para identificar pessoas que participaram, financiaram ou fomentaram os atos golpistas. As denúncias podem ser enviadas para o e-mail denuncia8janeiro@pf.gov.br.