A atual governadora do Ceará, Izolda Cela, será a próxima secretária-executiva do Ministério da Educação (MEC). A confirmação foi feita por Camilo Santana (PT-CE), futuro titular da pasta, após reunião nesta terça-feira (27) no Centro Cultural do Banco do Brasil, sede da transição.
A professora e psicóloga chegou a ser cotada para comandar o MEC na próxima gestão, mas Santana, ex-governador e senador eleito, acabou sendo o escolhido. Além de Izolda, a secretária da Fazenda do Ceará, Fernanda Pacobahyba, será a futura presidente do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação (FNDE).
Conforme Izolda, as prioridades do MEC serão elencadas a partir de janeiro. A política, durante sua gestão no Ceará, deu prioridade à Educação Básica.
— É uma secretaria que tem lugar importante de articulação com as áreas fins. Penso que a grande questão é a definição de prioridades para que possamos garantir avanços e, a partir delas, articular todas as áreas. É um grande desafio, mas é imprescindível.
Já Santana afirmou que, entre as primeiras medidas da nova gestão, estarão o reajuste dos valores destinados para merenda escolar, assim como recuperação de outros programas do MEC e um levantamento das obras ligadas ao ministério que estão paralisadas.
— A ideia é retomar um regime colaborativo entre municípios, Estados e União, assim como retomar o pacto federativo. Vamos retomar o diálogo com prefeitos e governadores — ressaltou o futuro ministro.
FNDE
No atual governo, o FNDE foi alvo de suspeitas de corrupção durante a gestão do então ministro Milton Ribeiro. Conforme as denúncias, pastores utilizavam influência sobre prefeitos para facilitar a destinação de recursos do fundo.
— Vou trazer uma pessoa da minha confiança, que é especialista, servidora pública de carreira e que cumprirá essa missão de reorganização. Precisamos reorganizar o Inep, o FNDE, o Capes, entre outros — disse Santana.
Fernanda Pacobahyba é servidora do Estado do Ceará, atuando como auditora fiscal jurídica da Receita Federal. Atualmente, comanda a Sefaz e participou ativamente das audiências de mediação no Supremo Tribunal Federal (STF) para negociar a compensação dos Estados pelas perdas em arrecadação de ICMS com combustíveis, energia elétrica e telecomunicações.