A Brigada Militar já foi sete vezes no acampamento montado nas proximidades do Comando Militar do Sul (CMS), no Centro de Porto Alegre, para tentar cumprir uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Em 1o de novembro, o ministro Alexandre de Moraes determinou que todas as vias do país ocupadas por manifestantes contrários ao resultado das eleições presidenciais fossem desobstruídas.
Conforme o comandante 9º BPM, tenente-coronel Fábio Schmitt, não está previsto o uso da força até esse momento para desbloquear o trecho da Rua Padre Tomé, entre a Sete de Setembro e a Siqueira Campos.
De acordo com o oficial, no dia 17 de novembro, veículos usados pelos manifestantes foram retirados no local. E no dia 21, na última negociação, um caminhão de som em situação irregular foi recolhido. As barracas e gazebos, no entanto, seguem no leito da via, impedindo o trânsito de veículos.
- A Brigada está procurando solução pacifica para o caso. Essas ações fazem parte do protocolo integrado para desobstrução de vias – sustenta o comandante.
Perguntado se a Brigada Militar teria a mesma postura se os manifestantes fossem outros, garantiu que sim:
- A Brigada Militar trata tomo mundo igual. Ali tem crianças, pessoas idosas, pessoas com cadeira de rodas. Estão bloqueando uma via secundária, não tão importante para circulação de veículos, mas tem que ser desobstruída – justifica o oficial, ao reforçar que não há previsão para o uso da força para retirada das barracas e desbloqueio da via ao trânsito.