Pré-candidato à Presidência da República, Ciro Gomes (PDT) foi alvo nesta quarta-feira (15) de um mandato de busca e apreensão da Polícia Federal. O ex-governador do Ceará está sendo investigado por possíveis irregularidades em obras na Arena Castelão, um dos estádios da Copa do Mundo de 2014.
A operação, batizada de Colosseum, concluiu que desvios na verba na reforma do estádio ocorreram entre 2010 e 2013, período em que o Ceará era governado por Cid Gomes (PDT), irmão de Ciro. De acordo com a PF, há suspeitas de pagamentos de R$ 11 milhões em propinas, pagas em dinheiro ou por meio de doações eleitorais disfarçadas. O registro dos pagamentos seria feito através de notas fiscais falsas emitidas por empresas fantasmas.
As diligências sobre o caso tiveram início em 2017, quando surgiram os primeiros indícios. A PF explicou, em nota, que "os investigados poderão responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de lavagem de dinheiro, fraudes em licitações, associação criminosa, corrupção ativa e passiva".
Em suas redes sociais, Ciro disse não ter nenhum tipo de envolvimento com o caso. Ele ainda atacou o presidente Jair Bolsonaro. Segundo ele, Bolsonaro "transformou o Brasil num Estado Policial que se oculta sob falsa capa de legalidade".
Ele complementou afirmando: "Não tenho dúvida de que esta ação tão tardia e despropositada tem o objetivo claro de tentar criar danos à minha pré-candidatura à presidência da República".
"O Brasil todo sabe que o Castelão foi o estádio da Copa com maior concorrência, o primeiro a ser entregue e o mais barato construído para Copas do Mundo desde 2002. Ou seja, foi o estádio mais econômico e transparente já feito para a Copa do Mundo. Mas não é isso. E sejamos claros. Não tenho nenhuma ligação com os supostos fatos apurados. Não exerci nenhum cargo público relacionados com eles. Nunca mantive nenhum tipo de contato com os delatores. O que, aliás, o próprio delator reconhece quando diz que NUNCA me encontrou. Tenho 40 anos de vida pública e nunca fui acusado nem processado por corrupção", complementou.