O presidente Jair Bolsonaro, que está passando o feriado de Nossa Senhora Aparecida no Guarujá, litoral paulista, refutou nesta segunda-feira (11) a pecha de "negacionista" e voltou a defender o chamado tratamento precoce, com medicamentos como a cloroquina e a ivermectina, que não tem comprovação científica contra a covid-19.
Em conversa com jornalistas, depois de deixar o hotel de trânsito para dar uma volta de moto na cidade, ele voltou a criticar a vacina CoronaVac e a vacinação de jovens. E disse que sua gestão liberou em dezembro R$ 20 bilhões para a compra de vacinas:
— Não me chamem de negacionista porque só em dezembro a medida provisória foi um checão de R$ 20 bilhões para comprar vacina.
Aos jornalistas, Bolsonaro questionou a razão de não se divulgar o número de mortes de pessoas já vacinadas.
— Não divulgam. Muita gente que tomou a segunda dose está morrendo. Por que muitos governadores e prefeitos vacinaram jovens de 12 a 17 anos? Baseados em quê? Recomendação da Anvisa? Estamos mexendo com vidas. Na molecada abaixo de 20 anos, a chance de não ter nada é de 99,9%. Compensa o custo benefício da vacina? — disse, citando a liberação dos recursos para a compra de vacina:
— Que nenhum prefeito reclame. São Paulo fechou tudo, a previsão de queda de arrecadação é de 20%. Tiveram superávit comigo. Quem deu trabalho fui eu evitando a diminuição de empregos.
Bolsonaro disse que terça-feira (12) deverá ir à cidade de Aparecida, no Vale do Paraíba, para as celebrações do dia da padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida. E no dia seguinte, quarta-feira (13), irá para Miracatu, interior de São Paulo, para a entrega de títulos da reforma agrária.