Mais uma vez, o presidente Jair Bolsonaro se posicionou contra o chamado passaporte da vacina, que permite o acesso a determinados locais com a comprovação da aplicação do imunizante contra a covid-19. O recurso tem sido adotado por Estados e municípios para a liberação da presença de público em estádios de futebol, eventos e pontos turísticos, por exemplo.
Em evento em Maringá (PR) na tarde desta sexta-feira (1°), Bolsonaro criticou governadores e prefeitos que tomaram a medida, chamando-os de “protótipos de ditadores”.
— Daquilo que depender do governo federal, não teremos passaporte da covid. Nunca apoiamos medidas restritivas. Sempre apoiamos a liberdade, o direito de ir e vir — disse. — Algumas medidas restritivas que estão aparecendo agora no Brasil, nós não podemos admitir. Não podemos admitir que alguns protótipos de ditadores, em nome da saúde, queiram tirar a liberdade de vocês — afirmou o presidente.
Em Maringá, Bolsonaro fechou uma série de agendas que realizou nesta semana para marcar os mil dias de governo. O presidente esteve em Estados das cinco regiões do país inaugurando obras e fazendo o lançamento de programas sociais. Ministros do seu governo também participaram de eventos por Estados brasileiros.
Sobre a comemoração, no início de sua fala, Bolsonaro se enganou e, em vez de dizer “mil dias”, falou “mil anos de governo”, arrancando risos dos presentes.
Críticos de Bolsonaro, como políticos da oposição, caracterizaram a viagem como uma prévia da campanha eleitoral de 2022.
"Bolsonaro vai festejar seus mil dias de governo entregando 10km de asfalto. Será que ele vai comemorar os 19 milhões de famintos? Os 14 milhões de desempregados? Os quase 600 mil mortos por covid-19 no Brasil? A gasolina a R$ 7? A crise energética?", escreveu o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), líder da oposição no Senado Federal.