Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro montaram uma "força-tarefa" para coletar assinaturas, mas, ainda assim, o Aliança pelo Brasil não deve sair do papel até o ano que vem. O próprio chefe do Executivo já admitiu publicamente que já não conta com a criação do partido para disputar a reeleição em 2022.
O empresário Luís Felipe Belmonte, segundo-vice-presidente da legenda idealizada por Bolsonaro, afirmou que o grupo deve conseguir reunir o número necessário de assinaturas até abril do ano que vem, mas dificilmente o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) conseguirá analisar e validá-las a tempo.
Para disputar as eleições de 2022, o Aliança precisa coletar 492 mil assinaturas até abril. Desde novembro de 2019, quando a sigla foi anunciada, até hoje, recolheu pouco mais de 130 mil apoios validados pelo TSE.
Os esforços para atrair apoiadores têm ocorrido em eventos bolsonaristas, como as manifestações pró-governo no 7 de Setembro.
Segundo Belmonte, a mobilização no Dia da Independência rendeu 100 mil assinaturas, que ainda precisam ser analisadas pelo TSE. O empresário admitiu que Bolsonaro está afastado desse processo.
— O presidente não está acompanhando a criação do Aliança. Não sei dizer os planos partidários dele.