Em visita à Expointer neste sábado (11), o presidente Jair Bolsonaro foi agraciado com a medalha do Mérito Farroupilha – a maior honraria entregue pela Assembleia Legislativa gaúcha. Ele também participou de um almoço na sede da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul) no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio.
Em seu discurso ao receber a medalha, o chefe do Executivo destacou o agronegócio brasileiro e disse que o objetivo do governo federal é não criar dificuldades para o setor.
– O nosso governo não quer atrapalhar o agronegócio. Deixamos o campo completamente livre –enfatizou o presidente, exaltando em seguida a atuação da ministra da Agricultura, Tereza Cristina.
Em sua fala, Bolsonaro destacou que a Expointer é um "evento fantástico" e que mostra que o Brasil está na liderança na produção do campo. Porém, ele ressaltou que o setor tem um "problema pela frente que tem que ser resolvido", ao falar sobre o Marco Temporal.
– Se a proposta do ministro (Edson) Fachin vingar, será proposta uma demarcação de áreas indígenas que equivalem a uma região Sudeste toda. Ou seja, o fim do agonegócio. Nada mais do que isso – pontuou o presidente.
Bolsonaro também trouxe para o seu discurso um tom mais ameno ao falar do Supremo Tribunal Federal (STF) ao dizer que os três poderes têm de ser respeitados e dizer que pretende buscar "o melhor jeito de nos entendermos para que o produto do nosso trabalho seja estendido para os 210 milhões de habitantes".
– Vivemos ainda momentos um pouco conturbados, mas tenho certeza que as coisas já começaram a se ajustar. Não é dizer se esse ou aquele poder saiu vitorioso, a vitória tem que ser do povo brasileiro. Somente assim podemos viver em harmonia – disse.
O chefe do Executivo também abordou a pandemia e disse que o seu governo segue trabalhando para vencer os desafios trazidos em 2020, com o surgimento da pandemia. Segundo ele, algumas decisões tomadas foram "equivocadas, mas não por parte do governo federal".
– Economia e saúde têm que andar de mãos dadas. Não apoiamos, desde o começo, o "fique em casa e a economia a gente vê depois" – falou aos apoiadores, sendo aplaudido.
Na sequência, Bolsonaro disse que "a decisão na ponta da linha sempre coube aos governadores e prefeitos".
– Confio no povo brasileiro e peço que acreditem: nós estamos fazendo o possível pelo nosso país – pediu o presidente.
No final de sua fala, Bolsonaro parabenizou os presentes por "não terem parado":
– Através de vocês, nós movimentamos a nossa economia e podemos dizer que temos segurança alimentar.