O rígido esquema de segurança — um dos maiores da história da Expointer — não impediu que o presidente Jair Bolsonaro se aproximasse dos fãs que se aglomeraram nas grades para saudar sua passagem. A recepção lembrou a presença de Bolsonaro na feira em 2018, quando foi o mais aplaudido entre os cinco candidatos que visitaram o evento.
Neste sábado (11), foram mais de 30 minutos de circulação pelos corredores, acompanhado de uma comitiva que mesclava políticos e produtores rurais, parte deles sem máscara, como o presidente. O presidente da Farsul, Gedeão Pereira, ciceroneou Bolsonaro pelo parque e ofereceu o almoço à comitiva. Os jornalistas não tiveram acesso aos encontros privados.
Na esperança de conseguir fazer selfie com o presidente, admiradoras que gritavam "mito, mito, mito" o tempo todo também tiraram a máscara para ficar bem na foto, mas ele passou rapidamente juntos aos gradis, em meio à profusão de smartphones.
Sobre os ombros do pai, uma criança de mais ou menos cinco anos que gritava o nome de Bolsonaro a plenos pulmões identificou um retardatário na comitiva que passada em frente à sede da Farsul.
— Carlos, Carlos, zero dois — gritava o menino.
Carluxo, o filho que é vereador no Rio de Janeiro, seguiu reto pelo corredor e foi ao encontro do pai. Bolsonaro chegou usando uma camisa bege, mas no meio do caminho vestiu uma jaqueta amarela fosforescente do Banco Brasil e assim ficou mais fácil de ser identificado em meio aos políticos que o cercavam, disputando espaço e atenção.
O prefeito de Santa Maria, Jorge Pozzobom (PSDB), foi reconhecido por um grupo de bolsonaristas apaixonadas.
— O que tu estás fazendo aqui? — questionou uma delas.
— Vim pela Escola de Sargentos. Temos que levar para Santa Maria — respondeu Pozzobom, que passou a relatar os investimentos que conseguiu fazer com recursos federais.
A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, foi ovacionada pelos produtores rurais, que pediam para se aproximar da grade e tirar fotos. Solícita, a ministra atendeu dezenas de pedidos, sempre usando máscara.
Entre os políticos que gravitavam em torno de Bolsonaro estavam dois pré-candidatos ao Palácio Piratini, o senador Luis Carlos Heinze (PP), usando um chapéu do Banco do Brasil, e o ministro do Trabalho, Onyx Lorenzoni (DEM). Também caminharam ao lado do presidente os deputados federais Osmar Terra e Bibo Nunes, os estaduais Ernani Polo, tenente-coronel Luciano Zucco e Vilmar Lourenço, que propôs a concessão da Medalha do Mérito Farroupilha para Bolsonaro, e o secretário de Desenvolvimento Econômico de Porto Alegre, Rodrigo Lorenzoni.
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