O relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL), defendeu nesta terça-feira (3) a aprovação do requerimento de convocação do ministro da Defesa, Braga Netto. O pedido estava pautado para a sessão de hoje.
— É pelo papel que Braga Netto exerceu como chefe da Casa Civil no momento mais grave da pandemia — disse Renan sobre o pedido que dividiu senadores da CPI, até mesmo entre o grupo majoritário.
Renan também comentou sobre a produção do relatório final da comissão. Segundo ele, a ideia é que o documento seja finalizado antes mesmo do prazo de 90 dias de prorrogação das atividades da CPI.
— Relatório final a partir de agora vai começar a ser alinhavado, nas suas diferentes vertentes. Mas não será fechado preliminarmente, porque a cada momento acontece um fato novo — disse o senador.
— Expectativa que temos é de não usar os 90 dias, vamos trabalhar no sentido de antecipar apresentação do relatório final. Mas nunca sabemos. CPI você sabe como começa e não sabe como termina — afirmou.
O relator ainda comentou que o pedido de quebra de sigilo contra a Jovem Pan, apresentado por seu gabinete, foi um equívoco realizado durante o recesso parlamentar. O requerimento já foi retirado por Renan.
— De minha parte, nada que possa respingar na liberdade de expressão vai ter minha aceitação — disse.
No domingo (1º), a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) divulgou uma nota de repúdio à tentativa de quebrar o sigilo bancário da rádio. Além da Abert, a Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abratel) também se manifestou contra a iniciativa.