Emanuela Medrades, diretora da Precisa Medicamentos, afirmou à CPI da Covid que a agilidade do Ministério da Saúde em fechar o contrato para a compra da vacina Covaxin, em fevereiro, ocorreu porque a empresa aceitou todas as condições estabelecidas pela pasta.
Ela negou ainda irregularidades na negociação pela vacina indiana e disse que a Precisa tentou reduzir o preço das doses:
— A política de precificação da Covaxin é 100% da Barath Biontech. A Precisa não atua na precificação. O que nós fizemos, e que estava ao nosso alcance, foi tentar o tempo todo reduzir esse custo.
A diretora negou também relação da empresa, que intermediou a compra da vacina indiana Covaxin, com o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) e disse não conhecer nenhum relacionamento da companhia com o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (Progressistas-PR).
A oitiva de Emanuela deveria ter ocorrido na terça, mas, após a negativa dela em responder as questões, o colegiado pediu esclarecimentos ao STF . A depoente conseguiu no Supremo o direito de permanecer em silêncio na CPI, o que levou a comissão a pedir explicações sobre o alcance da decisão do tribunal. O STF garantiu ao colegiado do Senado a prerrogativa de avaliar quando houver abuso do direito ao silêncio.
Também estava previsto para esta quarta o depoimento do sócio-administrador da empresa, Francisco Maximiano, mas ele foi adiado para agosto; o presidente da CPI, Omar Aziz, informou que a mudança ocorreu devido ao grande número de inscritos para fazer perguntas à diretora.