Com o bloco de apoio a Baleia Rossi (MDB-SP) registrado na disputa para as eleições da Câmara, a Mesa Diretora terá os cargos divididos entre os partidos que apoiam o emedebista e Arthur Lira (PP-AL).
Lira obteve o maior grupo de apoio, com 11 partidos: PSL, PP, PSD, PL, Republicanos, Podemos, PTB, Patriotas, PSC, PROS e Avante - e 247 deputados. Baleia, por sua vez, reuniu 10 partidos e 210 deputados: PT, MDB, PSDB, PSB, PDT, Solidariedade, PCdoB, Cidadania, PV e Rede.
O grupo de Lira levou a primeira e segunda vice-presidências, que ficarão com o PL e o PSD, respectivamente. Esses cargos devem ser ocupados por Marcelo Ramos (PL-AM) e André de Paula (PSD-PE).
Em seguida, o bloco de Baleia escolheu o PT para a primeira secretaria e o PSDB para a segunda secretaria.
Lira conseguiu ficar com a terceira secretaria, concedida ao PSL, enquanto Baleia indicou a Rede para a quarta secretaria, que deverá ser da única deputada do partido, Joenia Wapichana (RR).
Duas suplências ficaram com o Republicanos e o PSC, de Lira, e outra com o PDT, de Baleia. A última suplência ficou com o DEM, que declarou neutralidade na eleição, mas tem uma das maiores bancadas, com 29 deputados.
Após uma reunião tensa, o grupo de Lira resolveu aceitar o resultado e desistiu de judicializar a situação. O presidente do Progressistas tinha antes admitido a possibilidade de levar o caso ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Entenda a distribuição dos cargos da Mesa Diretora
- A mesa é composta por 10 cargos, além do presidente: primeira e segunda vice-presidências, quatro secretarias e quatro suplências
- Com exceção da presidência, essas funções são distribuídas aos partidos seguindo o "princípio da representação proporcional", que leva em consideração o tamanho de cada bloco formado no dia da eleição e o número de deputados eleitos de cada partido, além de acordos firmados pelas siglas, independentemente do vencedor da eleição
- Os cargos são distribuídos alternadamente, do maior ao menor, conforme um coeficiente calculado no dia da eleição. Isso significa que o presidente eleito necessariamente divide a Mesa Diretora com candidatos do bloco opositor
- O formato da eleição visa justamente a equilibrar forças na Casa