O presidente Jair Bolsonaro confirmou nesta quinta-feira (1º) que indicará o desembargador Kassio Nunes Marques, do Tribunal Regional Federal da 1° Região, para a vaga do ministro Celso de Mello no Supremo Tribunal Federal (STF).
Em sua live semanal nas redes sociais, o presidente afirmou que a indicação ao Senado, que tem a missão de sabatinar o escolhido, será publicada nesta sexta-feira (2) no Diário Oficial União.
— Sai publicado amanhã (sexta-feira) no Diário Oficial o nome do Kássio Marques para a nossa primeira vaga do Supremo Tribunal Federal — disse Bolsonaro na transmissão feita do Palácio da Alvorada.
O presidente ainda não desistiu indicar um evangélico para o Supremo. Disse que sua segunda indicação será de um ministro ligado a alguma igreja evangélica. Uma vaga na Corte abrirá ano que vem no lugar do ministro Marco Aurélio Mello.
Bolsonaro também rebateu as críticas de apoiadores que vinham fazendo campanha online contra o desembargador.
— Vão desqualificar o desembargador só porque ele deu uma liminar para retornar o cardápio do Supremo. Se um juiz da primeira instância diz que não pode lagosta, o outro pode dizer que não vale batata frita, o outro, por exemplo, que é vegetariano, "não, vamos acabar com a carne vermelha no STF" — disse, acrescentando:
— Qual o problema de comer lagosta? Quem pode come, quem não pode não come.
Kassio Nunes liberou, como desembargador, uma licitação do STF que previa a compra de alimentos como lagostas e vinhos envelhecidos em barril de carvalho francês. O gasto previsto com o contrato de 12 meses era de R$ 1,1 milhão. Ele também votou a favor de suspender a ordem de primeira instância para deportação do terrorista italiano Cesare Battisti.
Ao longo da semana, o nome de Kassio Nunes, que é de Teresina (PI), vinha sendo cogitado por Bolsonaro após reunião com os ministros do STF Dias Toffoli e Gilmar Mendes.
O decano Celso de Mello resolveu antecipar a sua aposentadoria para o dia 13 de outubro. Ele completará 75 anos no dia 1º de novembro, quando obrigatoriamente teria de deixar a Corte.