Nome que ganhou força nos últimos dias para ocupar a vaga do decano Celso de Mello no Supremo Tribunal Federal (ST), o desembargador Kássio Nunes Marques já está em contato com senadores. Cabe ao Senado sabatinar e aprovar por maioria absoluta (41 votos dos 81 senadores) os indicados pelo presidente da República para compor o STF.
Informação apurada pela reportagem de GZH junto a fontes no Congresso confirma que auxiliares de Kássio Nunes têm ligado para os gabinetes para marcar visitas de cortesia com os parlamentares. Como muitos não estão em Brasília, em razão da pandemia, é sugerida ainda a possibilidade de a visita ocorrer na cidade de origem do senador.
O Palácio do Planalto ainda não foi confirmou oficialmente Kássio Nunes para a vaga do Supremo, mas ele tem participado de reuniões com o presidente Jair Bolsonaro e, inclusive, na noite de terça-feira (29), esteve na casa do ministro Gilmar Mendes com Bolsonaro, do ex-presidente do STF Dias Toffoli e do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).
Um parlamentar que esteve com Bolsonaro após esses encontros, mas que prefere não se identificar, afirma que Bolsonaro quer um nome que não seja apenas das relações dele e que agrade a todas as alas.
Quem é Kássio Nunes Marques
Kássio Nunes Marques nasceu em Teresina (PI) e tem 48 anos. É bacharel em Direito pela Universidade Federal do Piauí (UFPI) e tem especialização em Processo e Direito Tributário pela Universidade Federal do Ceará (UFCE). Além disso, obteve o título de mestre pela Universidade Autônoma de Lisboa.
Nunes já atuou como desembargador e ocupou cargos na seccional do Piauí da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Também já atuou no Conselho Federal da Ordem como suplente e chegou a integrar a Comissão Nacional de Direito Eleitoral e Reforma Política. Entre 2008 e 2011, foi juiz do Tribunal Regional Eleitoral do Piauí.
Em 2011, foi nomeado desembargador federal do TRF1 no quinto constitucional, dedicado à advocacia. Foi indicado ao cargo pela então presidente Dilma Rousseff (PT), assumindo a vaga de Carlos Fernando Mathias de Souza, que se aposentara, após ser o mais votado em lista tríplice da OAB.