A Polícia Federal (PF) cumpre nesta sexta-feira (28) mandados de busca contra a primeira-dama do Rio de Janeiro, Helena Witzel, e o deputado estadual André Ceciliano (PT), presidente da Assembleia Legislativa do Estado (Alerj). Ao todo, foram expedidos 17 mandados de prisão — seis preventivas e 11 temporárias — e 72 de busca e apreensão.
Nesta manhã, o Superior Tribunal de Justiça decidiu afastar o governador do Rio, Wilson Witzel (PSC), do cargo em razão de supostos desvios na área da Saúde. A corte determinou ainda a prisão do Pastor Everaldo, presidente do PSC, e do ex-secretário de Desenvolvimento Econômico Lucas Tristão, todos citados na investigação da Operação Placebo.
Witzel foi notificado sobre seu afastamento — inicialmente por 180 dias — no Palácio dos Laranjeiras.
A Operação Placebo foi inicialmente aberta em maio, quando a PF cumpriu 12 mandados de busca e apreensão, parte deles em endereços do governo fluminense, para investigar suposto esquema de corrupção envolvendo a instalação de hospitais de campanha para combate ao coronavírus no Estado.
Operação Tris in Idem
A operação desta sexta-feira, batizada de Tris in Idem, é desdobramento da Operação PlacebO. O nome da ofensiva é uma referência ao fato de se tratar do terceiro governador do Estado que se utiliza de esquemas ilícitos para obter vantagens indevidas.
Segundo a Procuradoria-Geral da República, a partir da eleição de Witzel, estruturou-se no âmbito do governo uma organização criminosa, dividida em três grupos, que disputavam o poder mediante o pagamento de vantagens indevidas a agentes públicos. Liderados por empresários, os grupos lotearam algumas das principais pastas estaduais, como a Secretaria de Saúde, para implementar esquemas que beneficiassem suas empresas.