Funcionários do Hospital de Rio Pardo reclamam de novo atraso no pagamento de salários. Desta vez, além dos vencimentos de junho, que deveriam ter sido depositados no início de julho, estão em aberto vale-transporte e vale-refeição. O salário de maio também foi pago atrasado.
GaúchaZH tenta falar com a direção do Instituto de Administração Hospitalar e Ciências da Saúde (IAHCS), que foi escolhido como interventor pela Justiça para fazer a gestão da instituição por 180 dias, para saber os motivos do atraso.
Em 27 de maio, a instituição foi o centro da Operação Camilo, que reuniu Polícia Federal (PF), Ministério Público (MP), Ministério Público Federal (MPF), Controladoria-Geral da União (CGU) e Tribunal de Contas do Estado (TCE). São investigados contratos da prefeitura com a instituição e suas empresas terceirizadas. A suspeita é de desvio de pelo menos R$ 15 milhões dos cofres públicos.
No dia 3 de julho, a PF indiciou cinco dos investigados em relatório parcial. O indiciamento foi pelos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, organização criminosa, lavagem de dinheiro, fraude a licitação e estelionato.
Da administração municipal, foram indiciados o ex-prefeito de Rio Pardo Rafael Barros – que renunciou ao cargo dias depois de ser preso – e o ex-procurador-geral do município Milton Schmitt Coelho. Do núcleo ligado à Associação Brasileira de Assistência Social, Saúde e Inclusão (Abrassi), terceirizada que operava no Hospital Regional do Vale do Rio Pardo, foram indiciados Edemar João Tomazeli, Carlos Alberto Serba Varreira e Renato Carlos Walter.