Funcionários do Hospital de Rio Pardo reclamam do atraso no pagamento do salário de maio e do vale-transporte. Os vencimentos deveriam ter sido depositados no início de junho, mas isso ainda não ocorreu. Em 27 de maio, a instituição foi o centro da Operação Camilo, que reuniu Polícia Federal (PF), Ministério Público (MP), Ministério Público Federal (MPF), Controladoria-Geral da União (CGU) e Tribunal de Contas do Estado (TCE). São investigados contratos da prefeitura com a instituição e suas empresas terceirizadas. A suspeita é de desvio de pelo menos R$ 15 milhões dos cofres públicos.
O dinheiro para pagamento dos salários e outros benefícios e despesas correntes já está depositado em uma conta judicial, mas, em razão do afastamento da direção da Associação Brasileira do Bem-Estar Social, Saúde e Inclusão (Abrassi) – entidade alvo da operação –, não foi possível fazer o saque para honrar os compromissos.
Conforme o promotor João Beltrame, coordenador da área da saúde do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), do MP, os vencimentos deverão ser pagos assim que a entidade interventora assumir a gestão do hospital. A quitação está prevista para ocorrer em 15 de junho.
O Instituto de Administração Hospitalar e Ciências da Saúde (IAHCS) foi escolhido pela Justiça para fazer a gestão da instituição pelos próximos 180 dias. Nesse período, terá de fazer um diagnóstico e apresentar um plano operacional da instituição.