A deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) negou nesta terça-feira (26) que tivesse informações prévias sobre operações da Polícia Federal contra governos estaduais, como a lançada nesta manhã no Rio de Janeiro, tendo Wilson Witzel (PSC) como alvo. Na segunda-feira (25), em entrevista ao programa Timeline, da Rádio Gaúcha, a parlamentar disse ter conhecimento de que investigações contra governadores estavam em andamento.
— A gente já teve algumas operações da Polícia Federal que estavam ali, na agulha, para sair, mas não saíam. E a gente deve ter nos próximos meses, o que a gente vai chamar, talvez de "Covidão" ou de... não sei qual vai ser o nome que eles vão dar. Mas já tem alguns governadores sendo investigados pela Polícia Federal — disse Zambelli à Rádio Gaúcha.
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Já nesta terça, em entrevista à CNN, a deputada afirmou que "não seria burra" de falar sobre operações da PF se tivesse conhecimento antecipado. E que sua fala no dia anterior foi uma "força de expressão", por saber que a corrupção é endêmica no país.
— Eu não sabia, eu não tinha conhecimento. Falei como cidadã, como deputada, como alguém que observa o que está acontecendo no nosso país, que sabe que corrupção é endêmica no nosso país — disse.
Nesta manhã, a Polícia Federal realizou a Operação Placebo, no Rio de Janeiro e em São Paulo, para apurar indícios de desvios de recursos públicos destinados para o combate à pandemia do coronavírus. Estão sendo feitas buscas em 12 locais, entre eles o Palácio Laranjeira, residência oficial do governador Wilson Witzel.