Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF ), Edson Fachin acolheu os quatro pedidos de arquivamento sobre a delação premiada do ex-presidente da construtora OAS, Léo Pinheiro. A solicitação havia sido feita pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge. No despacho, Fachin afirmou ainda que é possível que a investigação seja reaberta caso novas provas sejam encontradas. As informações são do jornal O Globo.
As partes arquivadas se referem a anexos sobre o presidente da Câmara de Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), sobre um irmão do presidente do STF, Dias Toffoli , sobre o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Humberto Martins e sobre o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU) José Múcio Monteiro.
Anteriormente, Raquel Dodge havia defendido que esses trechos não tinham provas robustas, e que a abertura de investigações não se justificava. O posicionamento gerou reação: a equipe de trabalho da Lava-Jato na PGR — composta por seis procuradores — fez um pedido de demissão coletiva citando "grave incompatibilidade de entendimento" do grupo.
Conforme O Globo, Fachin autorizou os arquivamentos na mesma decisão em que homologou a delação de Léo Pinheiro, o que confere validade ao acordo e permite que o ex-presidente da construtora deixe a carceragem, nos próximos dias, e siga para a prisão domiciliar.