Principal acusador do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no caso do triplex de Guarujá, o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro teve seu acordo de colaboração homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e entrou com um pedido para sair da cadeia. A informação foi antecipada pelo jornal O Estado de S. Paulo.
Pinheiro está preso desde setembro de 2016 e já foi condenado em cinco ações penais da Lava-Jato em Curitiba. Ele vinha tentando firmar um acordo com as autoridades desde 2015. Em 2017, mesmo sem compromisso válido, decidiu dar detalhes do esquema de corrupção na Petrobras à Justiça em troca de redução de pena.
Em depoimento ao então juiz Sergio Moro, imputou crimes a Lula e disse que reformou e reservou um apartamento triplex em Guarujá , São Paulo, como contrapartida a benefícios obtidos na Petrobras. Essas declarações foram fundamentais para a condenação de Lula nesse processo, pelo qual cumpre pena por corrupção e lavagem de dinheiro em Curitiba desde o ano passado.
Em documento encaminhado a uma vara federal que administra o cumprimento da pena, a defesa pede o benefício imediato da prisão domiciliar. O acordo foi assinado com a Procuradoria-Geral da República (PGR) no fim de 2018, mas ainda estava pendente do aval do Judiciário.
Mensagens trocadas por procuradores da Lava-Jato pelo aplicativo Telegram indicam que, no início das conversas com os advogados, eles viam com ressalvas a delação do empreiteiro.