O empreiteiro Léo Pinheiro, ex-executivo da construtora OAS, reafirmou ao jornal Folha de S.Paulo as acusações que fez, em delação premiada, contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no caso do tríplex de Guarujá (SP) — processo pelo qual o petista foi condenado e cumpre pena em Curitiba.
No domingo (30), o jornal divulgou conversas atribuídas a integrantes da Lava-Jato que indicam que o empreiteiro era visto com desconfiança pela força-tarefa durante boa parte do tempo em que colaborou com as investigações da operação. O relato de Léo Pinheiro só teria sido considerado depois de ter sido alterado diversas vezes, até ele mudar sua versão sobre o triplex e relacioná-lo a Lula.
"Não sou mentiroso nem vítima de coação alguma", escreveu Pinheiro em carta enviada à colunista Mônica Bergamo. "A credibilidade do meu relato deve ser avaliada no contexto de testemunhos e documentos", completou.
No texto, o empreiteiro diz que todas as acusações que fez contra Lula foram endossadas por provas. Ele também nega que tenha adaptado declarações para que seu acordo de delação premiada fosse aceito pela força-tarefa da Lava-Jato.
"Afirmo categoricamente que nunca mudei ou criei versão, e nunca fui ameaçado ou pressionado pela Polícia Federal ou Ministério Público Federal", diz.