O ministro da Ciência e Tecnologia, Inovação e Comunicação, Marcos Pontes, afirmou nesta segunda-feira (5) que a escolha do novo diretor do Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe) obedecerá a critérios técnicos. Em entrevista ao programa Gaúcha Mais, da Rádio Gaúcha, Pontes contou que já conversou com alguns cotados para o cargo, no último fim de semana, e também está fazendo análise dos currículos de possíveis substitutos para Ricardo Galvão, que deixou o cargo na sexta-feira após desentendimentos com o presidente Jair Bolsonaro. O ministro afirmou que anunciará o nome entre hoje e amanhã.
— Eu tenho uma lista de currículos de possíveis profissionais profissionais para essa posição, estou chegando em Brasília agora (início da tarde de segunda-feira), estou dentro do avião ainda. Assim que chegar no ministério, vou analisar esses currículos. Já conversei com alguns candidatos no final de semana e, em conjunto, ali no ministério, a gente vai escolher um nome — explicou.
O ministro elencou critérios que ele considera principais para essa escolha, entre eles: gestão, relação com o Inpe e também conhecimento sobre dados relativos a florestas e, por consequência, números sobre o desmatamento. Ele ressaltou, porém, que é importante encontrar alguém da confiança do presidente Jair Bolsonaro.
— Esses três critérios é que vão nortear essa escolhas. Além disso, lógico que tem que ser alguém de confiança, alguém que a gente possa trabalhar junto, mas esses três critérios são os principais. Lembrando que que esse vai ser um substituto temporário e depois a gente vai iniciar o processo que existe pra isso, que é chamada de um "comitê de busca", que vai eleger três candidatos, uma lista tríplice e depois a gente escolhe entre esses três — complementou.
Questionado sobre os desentendimentos entre Bolsonaro e o agora ex-diretor Ricardo Galvão e se isso afetaria a escolha do novo profissional, Marcos Pontes deixou claro que o perfil precisa ser alinhado ao governo, mas o critério principal é técnico.
— O Inpe é um instituto técnico. Ele trabalha com números, com a parte de pesquisa. Lógico que você não vai colocar alguém ali que seja contrário ao presidente, ao governo. Nem teria sentido apresentar uma pessoa dessa forma, mas o o critério principal é técnico — assegurou.
Ouça a entrevista com o ministro Marcos Pontes à Rádio Gaúcha: