O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) defendeu nesta quinta-feira (15) que a sabatina na Comissão de Relações Exteriores que deve analisar sua indicação para o cargo de embaixador do Brasil nos Estados Unidos não seja secreta, para que a população possa acompanhá-la.
Dispositivos na Constituição e no regimento do Senado determinam que essas sabatinas sejam secretas — quando apenas senadores podem participar —, mas tradicionalmente essas sessões são transmitidas e podem ser acompanhadas por visitantes e jornalistas.
— Uma pessoa me falou sobre essa possibilidade (de a sabatina ser secreta), mas não é o que eu pretendo. Eu acho que há um interesse público de assistir a essa sabatina e eu acredito que é até um ato democrático você expor, não só para os senadores que vão votar, mas para a população brasileira, tudo o que está acontecendo ali dentro — declarou Eduardo.
O parlamentar se reuniu nos últimos dias com senadores. Segundo contou, esteve recentemente com Irajá (PSD-TO), Antonio Anastasia (PSDB-MG), Espiridião Amim (PP-SC), Mailza Gomes (PP-AC) e Vanderlan Cardoso (PP-GO).
Na semana passada, ele também se reuniu com o presidente da Comissão de Relações Exteriores, Nelsinho Trad (PSD-MS) e com o senador Chico Rodrigues (DEM-RR), favorito para relatar sua indicação.
A expectativa é que o presidente Jair Bolsonaro designe em breve seu filho para a embaixada em Washington. Depois de formalizada a indicação, Eduardo precisará passar por uma sabatina na Comissão de Relações Exteriores e por duas votações: uma no colegiado (de caráter consultivo) e outra no plenário da Casa.
O próprio presidente reconheceu nesta quarta-feira (14) que há dificuldades para a aprovação do nome do seu filho. Bolsonaro disse que soldagens do Planalto apontam para uma "vantagem apertada" e que o governo não pode correr riscos.
Nesta quinta, Eduardo Bolsonaro afirmou estar "muito esperançoso".
— As conversas que eu tenho tido (com os senadores) são animadoras. Certamente a sabatina vai ser um momento crucial, em que vou poder demonstrar meu conhecimento, habilidades a minha competência para assumir esse tão importante cargo — disse o deputado a jornalistas.
— E se eu for merecedor dos votos dos senadores, certamente chegarei nos Estados Unidos com todo o gás para bem representar os interesses do Brasil — concluiu.