Nesta terça-feira (30), o ex-governador do Rio de Janeiro Sergio Cabral foi condenado a 18 anos de prisão no âmbito da Operação Ratatouille, desdobramento da Lava-Jato fluminense. A decisão do juiz federal Marcelo Bretas marca a 10ª vez em que o chefe do Executivo estadual foi considerado culpado na 1ª instância — somadas as penas, Cabral possui 215 anos e 11 meses de detenção decretados.
De acordo com informações do portal de notícias G1, a investigação apontou o pagamento de propina no fornecimento de merenda escolar e prisional. O operador financeiro do ex-governador, Luiz Carlos Bezerra, também foi condenado a 8 anos e 3 meses de prisão. O empresário Marco Antônio de Luca, dono da Masan e da Milano, também foi considerado culpado e sua pena é de 32 anos de detenção.
Todos eles devem cumprir a prisão em regime fechado, mas De Luca e Bezerra estão soltos e recorrem em liberdade, uma vez que só podem ser presos se condenados em segunda instância.
De Luca foi acusado de pagar R$ 16,7 milhões em propina a Cabral entre 2007 e 2016. As empresas Milano e a Masan ganharam R$ 2,5 bilhões em contratos do governo do Estado na gestão de Cabral.
O nome da ofensiva, deflagrada em junho de 2017, remete à um prato típico da culinária francesa. Ele faz referência a uma comemoração de luxo realizada em Paris, que contava com a presença de Cabral, De Luca, e outras pessoas vinculadas ao governo, além de empresários.
A defesa do empresário afirmou que vai recorrer da decisão. A reportagem não conseguiu contatar os advogados de Bezerra e Cabral até a publicação desta matéria.