O diretor-presidente da Corsan, Roberto Barbuti, disse que o projeto de parceria público-privada (PPP) para coleta e tratamento de esgoto deve reduzir os riscos à saúde e ainda gerar empregos nas nove cidades da Região Metropolitana que aderiram ao plano. Na noite desta terça-feira (2), Canoas, que enfrentava resistência, decidiu participar do projeto.
Por 16 votos a favor e cinco contrários, os vereadores aprovaram a entrada da cidade no plano de PPP — que inclui outras oito cidades da Região Metropolitana: Esteio, Sapucaia do Sul, Gravataí, Cachoeirinha, Alvorada, Viamão, Guaíba e Eldorado do Sul. O projeto estava emperrado aguardando a decisão de Canoas.
— (A mudança) Terá impactos fundamentais na questão do meio ambiente, do saneamento, tanto de saúde quanto de dignidade da população. Menos problemas de saúde e geração de empregos também são melhorias que devem acompanhar o projeto — defende o diretor-presidente.
Conforme a Corsan, a empresa contratada ficará responsável por expandir a rede de esgoto das cidades e deve investir, segundo o órgão, R$ 1,86 bilhão, promovendo uma série de benefícios aos locais.
A empresa será paga pela Corsan, que continua tendo a gestão sobre o cliente, sendo responsável por arrecadar e enviar faturas, explica Barbuti.
O próximo passo é o lançamento da licitação, que deve ocorrer em agosto. A previsão é de que as propostas sejam abertas entre outubro e novembro. Já a assinatura do contrato deve ocorrer na virada do ano, projeta o diretor-presidente.
A PPP foi idealizada ainda no governo de José Ivo Sartori (MDB). Resultado de estudos iniciados em 2011, a parceria prevê que a cobertura de esgoto salte para 87,3% em até 11 anos nas nove cidades. O contrato tem valor total de R$ 9,55 bilhões e prevê a realização de obras e a operação do sistema de esgotos sanitários durante 35 anos.