A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, enviou nesta quarta-feira (12) um ofício ao diretor-geral da Polícia Federal (PF), Maurício Leite Valeixo, pedindo que a investigação de ataques cibernéticos contra membros do Ministério Público Federal (MPF) seja unificada. No documento, a PGR defende que é necessário adotar uma linha de investigação que possa esclarecer, além do modo de atuação, os motivos e eventuais contratantes do ataque hacker. As informações foram divulgadas pela secretaria de Comunicação Social da PGR.
Em outro ofício, Raquel Dodge solicitou à PF a instauração de inquérito policial para apurar uma possível invasão ao celular do conselheiro Marcelo Weitzel, do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). O ataque teria ocorrido na noite de terça (11), quando um suposto hacker enviou mensagens por meio da conta do conselheiro no aplicativo.
A procuradora-geral também encaminhou à Polícia Federal cópias de documentos para subsidiar a apuração desses crimes. Raquel ainda solicitou ao diretor-geral informações sobre o atual estágio das investigações relativas à invasão das contas dos membros no aplicativo Telegram.
Em maio, a tentativa de invasão aos celulares institucionais dos membros do MPF foi comunicada à PGR por membros que atuam no Paraná e no Rio de Janeiro. Logo depois, Dodge instaurou um procedimento administrativo — que continua em vigor — para acompanhar as investigações. Também foram adotadas providências de segurança. Na época, a força-tarefa da Lava-Jato em Curitiba requisitou à PF a instauração de inquérito policial para apurar as condutas criminosas.