O presidente Jair Bolsonaro recebeu nesta terça-feira (28) os presidentes do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), para um café da manhã no Palácio do Alvorada.
O encontro aconteceu no mesmo dia em que o plenário do Senado vai apreciar a medida provisória (MP) que trata do redesenho administrativo do governo Bolsonaro. A MP expira na semana que vem e o Palácio do Planalto tem pressa para garantir a aprovação do texto como foi votado na Câmara dos Deputados.
No Senado, porém, a versão da Câmara enfrenta resistências, já que o texto aprovado pelos deputados deixa o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) nas mãos do ministro da Economia, Paulo Guedes.
Um grupo de senadores, do qual fazem parte o líder do governo, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), e o líder do PSL, partido do presidente, senador Major Olímpio (SP), defendem que o órgão permaneça sob a responsabilidade do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, como originalmente propôs o governo.
O receio do Palácio do Planalto é de que a insistência em deixar o Coaf com Moro prejudique a votação da MP, já que, nesse caso, o texto teria que retornar à análise da Câmara dos Deputados.
Pacto entre os poderes
Após os atos do último domingo (26), em que o Congresso e o STF foram criticados pelos manifestantes, Bolsonaro defendeu a harmonia entre os Poderes e disse que quer estabelecer um "pacto" para a aprovação das reformas, entre elas a da Previdência e a tributária.
Também participam do encontro os ministros da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, da Economia, Paulo Guedes, e do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno.