Enquanto grupos de direita se reuniam na manhã deste domingo (26) na praia de Copacabana para manifestar apoio a Jair Bolsonaro (PSL), o presidente compareceu a um culto na Igreja Batista Atitude, no Recreio dos Bandeirantes. Ele chegou ao local por volta das 11h e foi muito aplaudido por cerca de 3,8 mil fiéis. Após um discurso de cerca de sete minutos, desceu do palco e assistiu ao restante da celebração ao lado da primeira-dama, Michelle Bolsonaro.
Durante a cerimônia, Bolsonaro disse ser o único eleito na história do país que "está cumprindo o que prometeu durante a campanha".
Ao lado de Michelle, o presidente se ajoelhou para pedir orações "para mim, para o Brasil, e para autoridades para que consigamos vencer obstáculos".
Sobre as manifestações em apoio ao governo, que ocorriam no mesmo horário a cerca de 30 quilômetros dali, Bolsonaro afirmou serem "espontâneas" e com "pautas definidas" que iam além do apoio à presidência.
— É uma manifestação [...] com respeito às leis e instituições. Mas com um firme propósito de dar um recado àqueles que tentam com velhas práticas não deixar que o povo se liberte — disse.
O culto foi ministrado pelo pastor Josué Valandro Júnior, líder da igreja frequentada pela primeira-dama. Ele ressaltou que o governo estaria apenas no início, e que os evangélicos deveriam orar para dar forças para que o presidente enfrente momentos de pressão.
Bolsonaro está no Rio de Janeiro desde sábado (25), quando desembarcou na cidade para ir à cerimônia de casamento do seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).
Apoio aos atos
Mesmo convencido a não participar dos atos em defesa do seu mandato, Bolsonaro compartilhou em suas redes sociais, na manhã deste domingo, vídeos com manifestantes no Rio de Janeiro (RJ), em São Luís (MA) e em Juiz de Fora (MG).
Em uma das publicações, apoiadores vestidos com roupas verde-amarelas caminham na estação de metrô de Copacabana, no Rio, entoando o grito de guerra que se popularizou nas manifestações pelo impeachment de Dilma Rousseff, em 2016. "A nossa bandeira jamais será vermelha", cantaram, em uma referência ao PT.