O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta quarta-feira (3) que não recusaria um encontro com Jair Bolsonaro, mas que o presidente deve focar nos partidos que estão indecisos com a Previdência.
— Claro que, convidado pelo presidente, eu vou conversar, agora só digo que o assunto que ele está querendo conversar eu já estou defendendo, então o importante é construir a agenda com aqueles que estão indecisos — disse Maia, quando questionado se participaria da onda de encontros com lideranças que Bolsonaro pretende promover para articular a reforma.
Os chefes da Câmara e do Executivo tiveram uma série de desentendimentos ao longo dos primeiros três meses de mandato, com Maia chegando a afirmar que Bolsonaro estava "brincando de presidir".
Agora, ambos colocam panos quentes na discussão para tentar viabilizar a reforma. Maia tem se voltado para o ministro da Economia, Paulo Guedes, para construir a articulação do texto.
Ele acompanhou Guedes à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), onde o ministro debate a proposta com parlamentares do colegiado.
Apesar disso, Maia afirmou que não é responsável pela construção de uma base parlamentar para Bolsonaro.
— Isso é responsabilidade do líder do governo — disse.