A criação do 13º salário para beneficiários do Bolsa Família, que será anunciada nesta quinta-feira (11) pelo presidente Jair Bolsonaro, significará um valor adicional de R$ 2,5 bilhões no programa e substituirá o reajuste deste ano, informou o ministro da Cidadania Osmar Terra nesta terça-feira (9).
— Este ano, o reajuste é o 13º salário, que é 8,5% ao ano — disse Terra, que participou de painel na 12ª Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios.
Para 2020, o reajuste também é uma incerteza.
— Vamos pensar, vamos ver como se comporta a economia. Se sair a nova Previdência, vamos dar um aumento bom. Se não sair, temos que manter pelo menos o que tem — disse.
Terra afirmou que, com o salário adicional, o Bolsa Família terá o "maior poder aquisitivo" de sua história.
— Nós tivemos em 2014 e 2015 mais de 10% ao ano de inflação, agora nós estamos falando de inflação de 2%, 3%, há três ou quatro anos. É muito favorável para melhorar o poder aquisitivo — afirmou.
Segundo o ministro, o dinheiro para pagar o 13º salário sairá dos pentes-finos que o governo tem feito para identificar eventuais fraudes em programas.
— Em 2016 e 2017, no governo anterior, fizemos um pente-fino no auxílio-doença que culminou com uma economia, em 2018, de R$ 15 bilhões — disse. — Tínhamos 1,8 milhão de pessoas que estavam recebendo auxílio-doença sem fazer nenhuma perícia médica, nenhum controle, há mais de dez anos — completou.
Terra afirmou que as famílias beneficiárias do programa receberão o dinheiro em duas parcelas no final do ano.
— Não temos forma técnica e burocrática de fazer antes. O ideal era até afazer um pouco antes, mas não vamos conseguir.