O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) deve presidir a comissão de relações exteriores da Câmara, que será instalada na quarta-feira (13). Filho do presidente Jair Bolsonaro, o parlamentar demonstra interesse em presidir o colegiado desde o início do mandato, em fevereiro, mas ainda estavam sendo feitas negociações sobre a distribuição dos colegiados pelos partidos.
O "03", como é chamado por ser o terceiro de cinco filhos, tem ambições de assumir uma liderança na área de relações internacionais do governo.
Eduardo foi, por exemplo, um dos responsáveis por levar ao pai o nome do atual ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, indicação do autor conservador Olavo de Carvalho. Ele também é o responsável pela organização da Cúpula Conservadora das Américas, evento que reuniu nomes da direita latino-americana em Foz do Iguaçu (PR) em dezembro.
O líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir (GO), confirmou que o partido negociou a comissão com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), mas evitou falar sobre presidência. Segundo ele, os membros da sigla nos colegiados só serão definidos após a instalação. "Para presidir ele primeiro precisa ser um membro", disse o deputado.
O nome de Eduardo já é dado como certo em negociações de líderes da Casa, porém. O filho deputado de Bolsonaro tem tido atuação discreta na Câmara desde o início do mandato, evitando permanecer muito tempo no plenário.
Não tem se envolvido, por exemplo, pessoalmente em negociações de projetos como a reforma da Previdência de seu pai, dizem parlamentares favoráveis à proposta.