O escritor Olavo de Carvalho lançou uma campanha nas redes sociais nesta sexta-feira (1º) para levantar recursos junto a amigos e apoiadores.
Em post no Facebook, Olavo — que vive nos Estados Unidos — afirmou que recebeu uma cobrança de despesas médicas e de impostos. O valor, segundo ele, se somaria ao que ele chamou de "rede de caluniadores e difamadores" que o processam por suas declarações polêmicas.
"Acossados por uma rede internacional de caluniadores e difamadores, recebemos ainda uma cobrança monstruosa de despesas médicas e impostos, e vamos precisar DESESPERADAMENTE da ajuda dos nossos amigos", escreveu Olavo.
No pedido de Olavo não há referências sobre o valor total da dívida, nem sobre quanto a "vaquinha" pretende arrecadar.
Além de Eduardo Bolsonaro, filho do presidente e deputado federal, o músico Lobão também manifestou apoio a Olavo e pediu aos seus seguidores que ajudem o escritor. No Twitter, a hashtag #OlavoConteComigo figurou nos Trending Topics da rede social na tarde desta sexta.
Olavo de Carvalho escreveu perto de duas dezenas de livros, mas foi catapultado para essa posição de destaque através de sua atuação diante das câmeras.
Mesmo sem formação acadêmica, acabou ganhando espaço na internet como professor de cursos de filosofia online. O custo médio da mensalidade é de US$ 30, e as aulas semanais têm duração média de duas horas. O canal no YouTube que leva o nome de Olavo de Carvalho, criado em 2015, tem hoje mais de 500 mil inscritos e pelo menos 10 milhões de visualizações. Ele também publica vídeos no Facebook, onde é acompanhado por mais de 550 mil seguidores.
Os alvos de suas críticas são a imprensa, o cenário cultural e a universidade. Atribui aos movimentos progressistas a deterioração desses espaços, que, segundo ele, teriam se tornado apenas campos de burocracia e rituais de doutrinação.
Considerado "guru ideológico" de Bolsonaro, Olavo de Carvalho teve influência na escolha de dois ministros do atual governo — Ricardo Vélez Rodriguez (Educação) e Ernesto Araújo (Relações Exteriores). O escritor também afirmou que não dará entrevistas sobre o assunto.