Após reunião com o ministro da Economia Paulo Guedes, o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, Felipe Francischini (PSL-PR), informou que a proposta de reforma da Previdência deve ser votada no colegiado até 17 de abril.
Guedes, de acordo com o deputado, deve participar de debate na CCJ na próxima semana -quarta-feira (3)- para defender a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que endurece as regras de aposentadorias.
O ministro deveria ter ido à comissão nesta terça (26), mas cancelou o compromisso horas antes do início da sessão.
Irritados com a falta de diálogo com o governo, deputados de partidos independentes ao Palácio do Planalto têm atrasado a tramitação da PEC, que ainda não tem relator.
— O atraso se dá em decorrência dos acontecimentos das últimas semanas — disse Francischini.
Após cancelar a ida à CCJ, Guedes enviou o secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho. Membros da CCJ não aceitaram a troca. Com isso, a sessão foi cancelada sem que Marinho pudesse falar.
Diante da crise, Francischini se reuniu com Marinho na Câmara e, depois, foi ao Ministério da Economia se encontrar com Guedes e fechar um calendário para destravar a PEC da reforma da Previdência.
A CCJ é a primeira etapa da proposta. Depois, ela irá para uma comissão especial. Por fim, será votada, em dois turnos, no plenário da Câmara. Se obtiver aval, a PEC segue para o Senado.