A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou novo convite ao ministro da Economia Paulo Guedes para falar sobre a reforma da Previdência na próxima quarta-feira (3). O convite foi aprovado através de um acordo entre interlocutores do governo e a oposição, que queria convocar o ministro para comparecer à Comissão.
Em mais um recado ao governo, os deputados aprovaram que o relator da proposta de reforma da Previdência só deve ser escolhido na próxima semana, após Guedes ir ao Congresso defender a medida.
Com a ausência de Guedes na sessão da CCJ desta terça, o presidente da Comissão da Câmara dos Deputados, Felipe Francischini (PSL-PR), encerrou no período da tarde desta terça-feira (26) a audiência pública que ouviria o ministro sobre a reforma da Previdência. Ele convocou uma sessão extraordinária, posteriormente, para que os deputados votassem um requerimento sobre a convocação de Guedes à CCJ.
Nem mesmo as presenças do secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, e seu adjunto, Bruno Bianco, foram suficientes para convencer os deputados a continuarem a sessão.
O líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL-GO), e os deputados João Roma (PRB-PE), Marcel Van Hattem (Novo-RS), Kim Kataguiri (DEM-SP) e Fábio Trad (PSD-MS) chegaram a defender que o secretário Marinho fosse ouvido nesta terça pela CCJ e que um novo convite fosse feito a Guedes.
Mas os líderes da oposição, Alessandro Molon (PSB-RJ), e da minoria, Jandira Feghali (PCdoB-RJ), trabalharam pelo encerramento da audiência e apresentaram um requerimento — com a assinatura de 23 deputados da comissão — para que seja votada a convocação de Guedes, o que obrigaria o ministro a comparecer na CCJ na data marcada. Parlamentares de outros partidos como PSD, PDT, PT e PSOL também discursaram pelo encerramento da atual audiência e pela convocação de ministro.