O senador Plinio Valério (PSDB-AM) defendeu, neste sábado (2), que o Senado descumpra a decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, que resolveu atender ao pedido formulado pelo Solidariedade e pelo MDB e determinou que seja secreta a votação que vai definir o novo presidente do Senado.
— Temos uma oportunidade de mostrar independência e não cumprir essa decisão monocrática do ministro Toffoli. Vejo esse episódio como uma oportunidade do Senado mostrar ao País que sabe e entende o seu tamanho — afirmou.
Mais do que isso, Toffoli decidiu ainda que quem presidirá os trabalhos da Casa é o senador José Maranhão (MDB-PB), por ser o senador mais idoso. A polêmica é porque o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) só se manteve no comando das sessões ao postergar o anúncio de que será candidato à Presidência da Casa. O movimento, feito com aval do ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, irritou os outros senadores.
Após confusão, sessão foi suspensa
A sessão do Senado para a votação do novo presidente foi suspensa, na noite de sexta-feira (1º) após confusão no plenário. Alguns senadores defendiam que a votação acontecesse na sexta, com voto aberto — como foi decidido por 50 parlamentares — e outros pediam que fosse respeitado o regimento interno, que prevê votação fechada.
Uma das defensoras do voto fechado, Kátia Abreu (PDT-TO) chegou a subiu na Mesa da Casa e retirou uma pasta com todas as questões de ordem apresentadas até então.
O Senado retomou a sessão para eleição do novo presidente da Casa por volta das 11h.