A Polícia Federal (PF) cumpre nesta quinta-feira (31), em São Paulo, três mandados de prisão temporária e 15 mandados de busca e apreensão durante a 59ª fase da Operação Lava-Jato, batizada de Operação Quinto Ano.
As investigações, apontam propinas do Grupo Estre em 36 contratos da Transpetro de valor superior a R$ 682 milhões. Entre os alvos desta fase estão Wilson Quintella Filho, acionista e ex-presidente de empresas do Grupo Estre, um ex-executivo do grupo e o advogado Mauro de Morais.
Segundo a PF, propinas foram pagas por Quintella a Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro, mediante sucessivas operações de lavagem de capitais que envolveram o escritório Mauro de Morais Sociedade de Advogados. A Receita Federal apurou que a banca advocatícia recebeu, entre 2011 e 2013, cerca de R$ 22,3 milhões de empresas do Grupo Estre sem que tenha prestado efetivamente qualquer serviço.
O esquema foi revelado a partir da delação de Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro, indicado e mantido no cargo pelo então PMDB. Além dos R$ 22 milhões já identificados na lavagem realizada pelo escritório de Mauro de Morais, depoimentos convergentes do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, e os empresários Luiz Fernando Nave Maramaldo, empresário e Adir Assad apontam que a atuação criminosa de Wilson Quintella e seu grupo possivelmente alcançou outras áreas, inclusive na Petrobras.