Considerado como o principal articulador do governo de Eduardo Leite, Otomar Vivian (PP), foi indicado nesta quarta-feira (5) como o futuro chefe da Casa Civil do Estado. Vivian será responsável, principalmente, pelas negociações com a Assembleia Legislativa para aprovação de projetos de interesse do Piratini.
— É um nome escolhido com muita habilidade. Otomar Vivian conhece muito a Assembleia Legislativa, ele conhece e tem o respeito dos deputados, e é um negociador nato na política gaúcha — avalia o apresentador Daniel Scola.
— Ele tem a experiência que falta a Eduardo Leite na Assembleia. Passou por vários governos nos últimos anos. Aliás, só não passou pelos governos petistas. Foi presidente do Ipê em mais de uma oportunidade, foi secretário da Administração, foi secretário-chefe da Casa Civil. E tem uma qualidade essencial para quem assume esse cargo: paciência para ouvir o "chororô" dos deputados, para ouvir reclamação, para ouvir os pedidos dos deputados — analisa a colunista Rosane de Oliveira. — Essa é uma qualidade que considero que faz dele um nome muito adequado. Durante muitos anos, ele foi prefeito de Caçapava do Sul e não há nada que o desabone. Isso é um ponto super importante agora. Esta escolha de Eduardo Leite indica um critério super cuidadoso na hora de escolher os seus secretários — completa.
Em Brasília, o presidente eleito, Jair Bolsonaro, deu data para que a reforma da Previdência seja votada no Congresso. De acordo com ele, o parte do projeto deve ser votado nos seis primeiros meses de governo.
— Ele tem razão de fechar nesse prazo. O que temos de experiência aqui em Brasília é que o presidente interessado em votar reformas impopulares, tem que aproveitar esse período da "lua de mel". Como ele disse, deve ser nesse formato fatiado como já fizeram outros presidentes como Fernando Henrique, Lula e Dilma para aprovar reformas — destaca a colunista Carolina Bahia.
Para Scola, a equipe de transição ainda não deixou claro qual será o formato da reforma:
— Mais uma vez, e pelo segundo dia consecutivo, se fala em reforma da Previdência, mas não se fala que reforma é essa.
— Acho que a reforma que vai sair da equipe econômica é bem mais pesada do que imaginam os deputados aliados e o próprio Bolsonaro. Depois, se o presidente vai autorizar formatar isso em um novo projeto, é outra coisa. A turma do Paulo Guedes está analisando três propostas e são bem pesadas, muito além do que eles estão prometendo — conclui Carolina.
Você confere todos os detalhes da transição no Podcast Gaúcha Atualidade.