O deputado estadual e senador eleito pelo Rio de Janeiro, Flávio Bolsonaro, saiu nesta sexta-feira, 7, em defesa de seu ex-assessor Fabrício Queiroz, que registrou movimentação atípica de R$ 1,2 milhão, segundo um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). Flávio Bolsonaro declarou que Queiroz lhe apresentou "uma explicação plausível", mas se negou por três vezes a revelar qual seria a versão relatada e justificou que esse seria um pedido do advogado do assessor.
"Hoje (sexta) o Fabrício Queiroz conversou comigo, fui cobrar esclarecimentos dele sobre o que estava acontecendo. A gente não tem nada a esconder de ninguém. Ele me relatou uma história bastante plausível, me garantiu que não haveria nenhuma ilegalidade nas suas movimentações", afirmou Flávio.
O senador eleito, contudo, não deu nenhum detalhe sobre qual seria o motivo das movimentações. "Eu não posso adiantar, a pedido do advogado dele", desconversou.
"Assim que ele for chamado ao Ministério Público (MP) vai dar o devido esclarecimento."
Flávio Bolsonaro disse ainda concordar que a movimentação representa "muito dinheiro", mas insistiu na defesa do ex-assessor: "A versão que ele (Queiroz) coloca é bastante plausível, mas não sou eu que tem que ser convencido, é o MP."
Na avaliação do filho do presidente eleito, a investigação tem ligação direta com os resultados das eleições. "Todos nós sabíamos que ao entrar nessa, numa situação que nós incomodamos muita gente, nós seríamos alvo. E é assim que tem que ser. As pessoas que estão mais expostas na vida pública têm que ser cobradas, então é natural tudo que vem acontecendo", comentou, ressaltando que "o acusado é ele (Queiroz), não eu".
As declarações de Flávio Bolsonaro foram dadas no fim da tarde, em frente ao condomínio onde mora seu pai. Ele confirmou que Jair Bolsonaro sofreu um mal-estar pela manhã, "mas já está bem, em casa". A agenda externa do presidente eleito para sábado está confirmada.
O senador eleito também minimizou as discussões entre os eleitos Major Olímpio e Joyce Hasselmann, ambos do seu partido. "Acho que é a 'ansiosidade' de todo mundo de começar logo a exercer seu mandato e ajudar o Brasil no governo Bolsonaro", disse Flávio.