A "crônica de uma recusa anunciada". Esta foi a frase utilizada pela colunista Rosane de Oliveira para definir a negativa de José Mariano Beltrame ao convite de Eduardo Leite para ser o secretário da Segurança Pública em sua gestão, nesta sexta-feira (14). O delegado aposentado da Polícia Federal alegou dificuldades para reorganizar sua vida no Estado.
— Desde o início a gente vinha dizendo que seria difícil. Ele ganha muito como consultor e o salário no Rio Grande do Sul não seria atraente, e a própria função poderia não ser. Mas ele pensou no caso. Diferente de outro convite que ele já tinha recebido, no início do governo Sartori, que ele descartou de cara, ele até pensou no caso. Depois de pedir adiamento duas ou três vezes para dar a resposta, concluiu que seria muito difícil reorganizar a vida no Rio Grande do Sul. Foi isso o que ele disse para Eduardo Leite, e agora a busca pelo secretário da Segurança volta a estaca zero. Temos a possibilidade de que o vice-governador, Ranolfo Vieira Junior, assuma o cargo no início do governo, mas também há outros nomes na jogada— destaca Rosane.
— Uma impressão de uma avaliação feita pela equipe de Eduardo Leite, caso José Mariano Beltrame não aceitasse o convite. O plano B, ao menos nessa semana, seria o vice-governador eleito, Ranolfo Vieira Junior. Porque, se fosse convidado outro nome, ele ficaria com a pecha de plano B. Ranolfo Vieira Junior não ficaria com essa pecha porque ele é o vice-governador, faria uma substituição emergencial — analisa o apresentador Daniel Scola.
Ao contrário da transição gaúcha, em Brasília, a formação do governo de Jair Bolsonaro está quase concluída. Após definir seu primeira escalão, o futuro presidente deve alinhar na próxima semana quais serão as prioridades no início de sua gestão.
— Na quarta-feira (19), Jair Bolsonaro vai definir as prioridades para os 100 primeiros dias de governo. Muito se ouve falar na reforma da Previdência como ação principal, na reforma tributária como uma segunda ação principal. Ninguém de dentro da transição bate o martelo em relação a isso porque este assunto será tratado na quarta-feira — avalia a colunista Carolina Bahia.
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