As atenções na transição do Piratini nesta quinta-feira (6) ficaram voltadas à viagem do governador eleito, Eduardo Leite, e de seu vice, Ranolfo Vieira Júnior, a São Paulo. Segundo o apresentador do Gaúcha Atualidade, Daniel Scola, Ranolfo afirmou recentemente que não seria surpresa se o próximo secretário da Segurança Pública viesse de outro Estado.
— Ranolfo Vieira Júnior disse que estaria à frente das negociações para o novo secretário de Segurança Pública. Nessa entrevista ele disse: "Não se surpreendam se a pessoa não for do Rio Grande do Sul" — conta Scola.
— O próprio Eduardo Leite confirmou que iria conversar e convidar alguém de São Paulo. O Estado é um dos que possuem os melhores índices nos indicadores de criminalidade. Mas as comparações ficam por aí. Não sabemos ainda nem se é alguém que esteve no governo de Geraldo Alckmin — avalia a colunista Rosane de Oliveira.
Enquanto o nome que deverá ocupar a pasta da Segurança não é anunciado, um nome conhecido dos gaúchos está próximo de ser confirmado por Leite: a senadora Ana Amélia Lemos (PP-RS).
— Há duas semanas, a Ana Amélia foi chamada pela transição de Jair Bolsonaro, e conversou durante duas horas com ele e com o vice General Mourão. Foi uma conversa muito longa, falou-se muito sobre meio ambiente e ficou aquela dúvida se ela seria a ministra do Meio Ambiente ou se seria convidada para outra pasta. Os cargos foram sendo preenchidos, não veio convite e agora o que falta é o Meio Ambiente — conta Rosane.
Ainda conforme a comentarista, Ana Amélia foi vetada pelo deputado Luis Carlos Heinze, senador eleito para a cadeira que ela ocupa hoje. Heinze nega que tenha conversado com alguém sobre qualquer veto à senadora, que deverá ser uma espécie de embaixadora do Rio Grande do Sul em Brasília.
— Ela terá status de secretária, mas o papel dela será o de cuidar das relações internacionais. Ele (Eduardo Leite) tem interesse em buscar investimentos no Exterior e também aproveitar o bom trânsito que ela tem nos órgãos públicos em Brasília. É uma ideia bastante diferente e interessante. Na prática, ela já está fazendo esse papel de embaixadora — relata Rosane.
Em Brasília, o presidente eleito confirmou o penúltimo nome em seu primeiro escalão.
— Damaris Alves foi uma maneira que Bolsonaro encontrou para agradar a bancada evangélica que estava muito incomodada por Magno Malta ter ficado no sereno. Ele não vai ocupar nenhum cargo no primeiro escalão. Ela é pastora evangélica, ela é conhecida na Câmara por estar sempre na linha de frente nas questões conservadoras, ela é contra o que chama de ideologia de gênero, já deu palestras falando sobre o "kit gay", que lá nas eleições já ficou provado que nunca existiu. Ou seja, é uma pessoa muito afinada com o presidente Jair Bolsonaro sobre costumes — avalia a comentarista Carolina Bahia.
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