Com 54,31%, o médico Dr. Valdir (PDT) foi eleito prefeito do município de Alpestre, no norte do Estado. Próxima de Frederico Westphalen, Nonoai e Chapecó, a cidade de 6.097 eleitores escolheu, neste domingo (28), os líderes da prefeitura – além do governador do Estado e do presidente do país. Dr. Valdir e o vice, Chico Oldemburg, cumprirão mandato de apenas dois anos.
A eleição suplementar foi convocada por conta do afastamento do prefeito e do vice, Alfredo de Moura e Silva (MDB) e Genuir Cenci (MDB), eleitos em 2016. De acordo com o Ministério Público (MP), os dois participavam de um esquema de corrupção envolvendo agentes públicos e empresários.
O adversário do pedetista era o advogado Dr. Alcir (MDB), que fez 2.370 votos. Alcir foi assessor jurídico do ex-prefeito afastado e é um dos 12 réus na ação que apura as irregularidades em gestões anteriores no município.
A investigação
A análise do MP indica que oito empresas gaúchas e catarinenses, junto dos agentes públicos de Alpestre, são suspeitos de fraudes na compra de maquinários e veículos, bem como na contratação de obras. O golpe – superfaturamento na contratação de serviços e fornecimento de peças e direcionamento de licitações para empresas que pagavam propina – é avaliado em R$ 10 milhões.
Os então prefeito e vice-prefeito foram afastados em 18 de dezembro de 2017, junto do secretário da Fazenda Sérgio Juraski, o secretário de Obras Oraci Matias da Silva, os assessores jurídicos Alcir José Hendges e Willian Balbinot, além dos assessores da Secretaria de Obras Amarildo de Souza e Gilberto Schutkoski.
A Câmara de Alpestre declarou o afastamento definitivo do prefeito Alfredo de Moura e Silva em 29 de maio deste ano. O político renunciou ao mandato enquanto enfrentava processo de impeachment. No mesmo dia, a Câmara também declarou o afastamento definitivo do vice, alvo de outro processo de impeachment. Janio José Schenal (MDB), presidente da Câmara de Vereadores, comanda o município desde então.