A Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul (FZB) foi extinta oficialmente pelo governo do Estado. A extinção foi aprovada pela Assembleia Legislativa em dezembro de 2016, mas a fundação só teve o encerramento das atividades publicado nesta quinta-feira (11) no Diário Oficial do Estado.
Pelo decreto, os servidores estáveis, legal ou judicialmente, passarão a integrar o quadro da Secretaria do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, e poderão ser realocados para diferentes atividades. Os demais aderiram ao Plano de Demissão Voluntária (PDV), segundo a secretária Ana Pellini:
— Esta é uma nova forma de administrar, mais enxuta, sem atividades-meio. Mas as atividades da fundação continuam. Nunca se questionou se os serviços são essenciais ou não. Nós sempre entendemos o serviço como importante para o Estado, e os servidores como qualificados. Os servidores que não aderiram ao PDV são estáveis, legal ou judicialmente, e serão muito bem-vindos na secretaria — afirma a secretária.
Com o decreto, todos os dirigentes da FZB estão exonerados, com exceção do presidente, do diretor-administrativo e da diretora-executiva do Parque Zoológico. Os três vão permanecer no quadro para dar baixa nos últimos documentos da fundação. O imóvel onde funciona a FZB também será mantido, já que é um prédio tombado que não pode ser vendido, e será mantido — o governo projeta, inclusive, uma reforma no prédio.
Para gerenciar os serviços que antes eram desempenhados pela FZB, a Secretaria do Ambiente criou um departamento focado nestas atividades. O serviço de pesquisa e de administração do Jardim Botânico e do Museu de Ciências Naturais será mantido. O Jardim Zoológico de Sapucaia do Sul, no entanto, será privatizado.
— Nós já apresentamos à Justiça um plano de trabalho em que mostramos como será mantida cada função que hoje é desempenhada pela Fundação Zoobotânica em relação à pesquisa. Pretendemos, também, usar parcerias com universidades, já que, quando a FZB foi criada, o Estado não tinha tantas universidades e de qualidade como tem hoje. Em tempo de mudanças climáticas, não se discute a importância de manter a pesquisa. Em relação ao zoológico, o edital está pronto e deve ser publicado após o período eleitoral.