Parte da cúpula estadual do MDB se reúne nesta segunda-feira (29) para avaliar a derrota eleitoral de José Ivo Sartori ao governo do Estado e para debater que posição a legenda adotará durante a gestão de Eduardo Leite (PSDB). A tendência é que o partido comece, neste encontro, a construir internamente a posição que, para alguns emedebistas, é entendida como "independência" e, para outros, deve ser classificada como "oposição".
O tom que começa a ser debatido pelo partido deve deixar a bancada emedebista confortável para demarcar diferenças em relação ao governo do PSDB, sem impedir o apoio a projetos que estão adequados ideologicamente às duas siglas.
— Compor o governo não tem como. Possivelmente adotaremos a independência, ou seja, não daremos apoio a todos os projetos do governador eleito. Aquilo que a gente acredita, votaremos a favor — afirmou um deputado emedebista.
As avaliações iniciadas nesta segunda-feira devem ser ampliadas na próxima reunião da Executiva Estadual do MDB. Há quem defenda, no partido, que o tema passe inclusive por avaliação do Diretório Estadual – colegiado mais numeroso.
— Após uma eleição, temos de ter um ciclo de avaliações sobre qual é o nosso papel no Estado e no país. A minha opinião é que temos de ter coerência. O Estado tem de estar acima da disputa. O povo nos deu um caminho: nós não ganhamos, nos cabe ser oposição responsável — diz Sebastião Melo, ex-vice-prefeito da Capital que assumirá como deputado estadual em 2019.
Apesar de ser tratada como uma reunião informal, há temas urgentes que o MDB, partido com a maior bancada da Assembleia, precisa definir antes de 2019. A postura diante do projeto para manutenção das alíquotas de ICMS elevadas por mais dois anos – que Leite deve pedir que Sartori encaminhe ainda neste ano – está nesta lista.