O ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva, preso em 7 de abril pela Operação Lava-Jato, não reclama das condições do cárcere, mas considera "inaceitável" não poder receber visitas, segundo um integrante do Partido dos Trabalhadores (PT). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Nove governadores e três senadores foram barrados. O ex-presidente Lula fez chegar aos seus correligionários a mensagem de que o mais importante não é o lugar onde ele está, mas o acesso a ele. Os petistas classificam o local como uma "solitária"
— Não há possibilidade de um prédio da polícia virar uma espécie de comitê político partidário, isso está descartado —, afirmou um policial, que pediu para não ser identificado.
O ex-presidente recebeu no domingo (8) seu advogado Cristiano Zanin e o amigo, ex-deputado petista e também advogado Sigmaringa Seixas para assistir pela TV a final do Campeonato Paulista. O gol do Corinthians foi comemorado com os advogados e amigos, mas a conquista do título se deu sem comemoração explícita.
Fisicamente, as condições da cela especial reservada à Lula são bem distintas da enfrentada pelo antigo companheiro de partido Antonio Palocci. Também preso na Superintendência da PF, o ex-ministro dorme em um colchão no chão do corredor da carceragem, por opção, sem privilégios.
Na quinta-feira (12), Lula viu pela primeira vez a família. Três filhos e um neto passaram parte da manhã e da tarde com ele. Além de comida, levaram um cobertor para as frias madrugadas de Curitiba. Na sexta-feira (13), o ex-presidente foi autorizado a sair da cela para tomar seu primeiro banho de sol. Pela manhã, pôde ouvir o grito de "Bom dia, Lula" dos militantes em vigília no entorno do prédio da PF.