A juíza da Vara de Execuções Penais de Curitiba, Carolina Moura Lebbos, negou pedido de governadores para realizarem visitas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na prisão. O petista está preso em uma sala especial desde sábado (7), no último andar do prédio sede da Polícia Federal (PF) em Curitiba. Ele cumpre pena de 12 anos e um mês no caso triplex do Guarujá.
Estava prevista a visita de governadores ao petista nesta terça-feira (10). Tião Viana (Acre), Rui Costa (Bahia), Camilo Santana (Ceará), Wellington Dias (Piauí), Flávio Dino (Maranhão), Renan Filho (Alagoas), Jackson Barreto (Sergipe), Fernando Pimentel (Minas Gerais) e Paulo Câmara (Pernambuco) tentavam se reunir com o ex-presidente. Apenas Jackson e Pimentel ainda não chegaram na PF em Curitiba.
Ao vetar a visita de políticos ao ex-presidente, a juíza decidiu expressamente que "não há fundamento para a flexibilização do regime geral de visitas próprio à carceragem da Polícia Federal".
A magistrada destacou trecho da ficha individual do apenado, referindo-se à decisão do juiz Sérgio Moro, que mandou prender Lula.
"Além do recolhimento em Sala do Estado Maior, foi autorizado pelo juiz a disponibilização de um aparelho de televisão para o condenado. Nenhum outro privilégio foi concedido, inclusive sem privilégios quanto a visitações, aplicando-se o regime geral de visitas da carceragem da Polícia Federal, a fim de não inviabilizar o adequado funcionamento da repartição pública, também não se justificando novos privilégios em relação aos demais condenados".
Impedidos de realizar o encontro, os governadores endereçaram uma carta ao ex-presidente. Em sua conta oficial no Twitter, a senadora Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, publicou o documento:
Em Curitiba, o governador Flávio Dino comentou a decisão da Justiça: