"Certifico que após contato com o Leiloeiro, foram fixados os dias 15 de maio de 2018, às 14 horas, para a realização do primeiro leilão/praça; e o dia 22 de maio de 2018, às 14 horas, para a realização do segundo leilão/praça", informa certidão anexada aos autos da Operação Lava-Jato.
O apartamento e suas reformas, supostamente custeadas pela OAS, foram apontadas pelo juiz Sergio Moro e pelos desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) como propinas de R$ 2,2 milhões da empreiteira ao ex-presidente.
Lula foi condenado por Moro a nove anos e seis meses de prisão. No TRF4, o ex-presidente teve sua pena agravada para 12 anos e um mês de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro.
Laudo da Justiça, emitido em fevereiro, apontou que o imóvel tem área privativa de 215,2 m² e área comum de 82,692m².
"No primeiro pavimento há uma sala com varanda, cozinha e área de serviço, lavabo e uma suíte (conforme informações da sra. Mariuza, da empresa OAS, a suíte não existia na planta original, havendo modificação para inclusão deste dormitório)", aponta o relatório.
"No segundo pavimento existem três quartos compactos (sendo um deles suíte), um banheiro e um hall de distribuição. Já no terceiro pavimento, além de uma sala, fica a parte externa do imóvel, com área de churrasqueira e piscina."
Segundo o laudo, o triplex tem "piso frio em todos os cômodos e armários planejados nos quartos, cozinha, área de serviço, área externa e banheiros". A oficial de Justiça indicou que havia no local "um fogão, um exaustor e uma geladeira, sem uso e desligados".
"Existe um elevador que integra os três andares, sendo que não foi possível verificar seu funcionamento visto que a luz da unidade não está ligada. Imóvel e móveis (armários e camas) em bom estado de conservação, com exceção dos móveis da área externa (coifa e armários), que apresentam sinais de desgaste e ferrugem", relatou a oficial de Justiça.
O relatório diz, ainda, que o imóvel tem "localização privilegiada, em frente da praia, no bairro Jardim Astúrias".