O ex-vice-presidente da Engevix Gerson Almada se entregou à Polícia Federal em Curitiba na tarde desta terça-feira (20). Acompanhado de uma advogada, o empreiteiro chegou ao local usando um moletom, com o capuz cobrindo o rosto.
O juiz Sergio Moro mandou prendê-lo na segunda-feira (19), no âmbito da Operação Lava-Jato. O magistrado ordenou a execução provisória após condenação pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4).
A sentença de Moro foi reformada na 2ª instância. O TRF4 aplicou 34 anos e 20 dias a Almada, em 21 de junho de 2017, por corrupção ativa, lavagem de dinheiro e pertinência à organização criminosa. O empreiteiro é acusado de pagar propina de R$ 15 milhões à Diretoria de Abastecimento da Petrobras.
Ao mandar prender Almada, Moro advertiu que eventual alteração no entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a execução de pena após decisão de 2ª instância seria "desastrosa". O juiz destacou que a jurisprudência estabelecida pela Corte máxima desde fevereiro de 2016 "é fundamental, pois acaba com o faz de conta das ações penais que nunca terminam".