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Líderes do PT de todo o país e milhares de militantes pró-Lula se reuniram em vigília na manhã desta quarta-feira (24) na Avenida Edvaldo Pereira Paiva. Os manifestantes se distribuíram entre o Anfiteatro Pôr do Sol, onde grupos estavam acampados desde segunda, até a Avenida Aureliano de Figueiredo Pinto, próximo à Rótula das Cuias.
Pelo caminhão de som principal instalado na avenida, passaram senadores, deputados federais e estaduais de diversos Estados, como Reginaldo Lopes (MG), Fátima Bezerra (RN), Carlos Zarattini (SP) e Miguel Rosseto (RS).
— Chegamos ao dia 24 com a sentença de Moro desmoralizada — avaliou Rosseto, em discurso.
Além dos discursos, havia clima festivo na vigília. Caravanas e delegações de diferentes regiões se apresentavam e recebiam aplausos. Também havia grupos com tambores e outros instrumentos musicais espalhados pela avenida, fracionando o público em grupos menores.
Poucos eram os que acompanhavam o julgamento que ocorria a alguns metros dali, no TRF4. Apenas algumas dezenas se agrupavam em torno de carros e caixas de som improvisadas longe do tumulto para ouvir a sessão no tribunal pelo rádio.
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Ao lado do carro de som, atendendo aos militantes que tiravam selfies, a senadora Gleisi Hoffmann não se importava em não acompanhar ao vivo o julgamento:
— Estamos tranquilos porque sabemos que estamos ao lado da causa justa.
Para Gleisi, a movimentação a favor de Lula em Porto Alegre foi satisfatório:
— Ontem (terça-feira) tivemos uma das maiores manifestações da história recente da luta popular (referindo-se ato no centro de Porto Alegre com Lula). Isso tem que ser um sinal de alerta às instituições e ao poder constituído.
No início da tarde, o movimento começou a se dispersar. Muitas delegações vindas do Interior tinham programado voltar no final da manhã, já que a previsão inicial era de que o julgamento terminasse por volta das 12h.
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Julgamento de Lula
Condenado em primeira instância pelo juiz Sergio Moro a nove anos e seis meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro, o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva terá sua apelação julgada pelo TRF4, em Porto Alegre, nesta quarta-feira (24). A condenação é referente à denúncia na 13ª Vara Federal de Curitiba por supostamente ter recebido propina da construtora OAS em troca de favorecimentos à empreiteira em contratos na Petrobras. O suborno, no total de R$ 3,7 milhões, teria sido pago com a aquisição e reforma de um triplex no Guarujá (SP) e com o custeio do armazenamento de seu acervo presidencial.
Os advogados pedem a absolvição do petista, alegando que a condução do processo por Moro foi "parcial e facciosa". Já o MPF recorreu da decisão de Moro por entender que o ex-presidente deve ser punido por três atos de corrupção em concurso material — instrumento jurídico pelo qual as penas são somadas —, e não apenas por um crime de corrupção e um de lavagem de dinheiro como entendeu o juiz na sentença.
O ex-presidente será julgado pela 8ª Turma do TRF4, formada pelos desembargadores João Pedro Gebran Neto, relator do processo, Leandro Paulsen, presidente da Turma e revisor, e Victor Luiz dos Santos Laus. Estão previstas manifestações favoráveis e contrárias ao ex-presidente em Porto Alegre, e foi montado um esquema de segurança especial. Seja qual for o resultado do julgamento — condenação ou absolvição —, o processo não se encerra nesta quarta-feira, já que cabem recursos ao próprio TRF4.
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