O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), declarou, nesta segunda-feira (4), que o governo contabiliza ter, entre os partidos da base aliada, cerca de 325 votos favoráveis à reforma da Previdência, que pode ser votada já na próxima semana. Para dar prosseguimento à tramitação da proposta de emenda à Constituição (PEC), são necessários 308 votos, em dois turnos, na Câmara dos Deputados.
Nas contas do presidente da Câmara, existem ainda outros 45 a 50 deputados que não integram nem a oposição, nem a base aliada, e que podem ser "trabalhados" pelo governo até lá.
— O governo precisa trabalhar a base e esses (outros) partidos para que a gente possa chegar na votação com um número parecido com 330 e possa ir a Plenário — disse Maia, que participou de um evento da Central Brasileira do Setor de Serviços (Cebrasse), em São Paulo.
— É a última chance deste ano, votar na próxima semana, se conseguirmos os números — acrescentou o parlamentar, ponderando que, caso não seja possível a votação ainda em 2017, o tema deve voltar no ano que vem.
Maia disse que estava pessimista em relação à votação da Previdência até sábado (2), mas que ficou "realista" após as reuniões do domingo (3).
— Não dá ainda para ser otimista. Mas acho que temos um caminho para chegar à votação. Não há reforma da Previdência sem comprometimento claro do governo, e o presidente Temer, em nenhum momento, falhou nessa pauta — disse Maia.